Harmonia, Soberano e Simplicidade se encontram no começo do século passado de onde farão uma viagem com a máquina do tempo para os dias atuais. Com o intuito de procurar por novas ideias para vencer um concurso de invenções que acontecerá em 1948, os inventores encontrarão aqui no tempo presente pós apocalíptico, os avanços tecnológicos, mas também os problemas comuns do século XXI. As crianças e almas pioneiras de hoje é que vão ajudá-los, mas as invenções deles são aparatos poéticos! Será que a expressão dos nossos sentimentos pode se transformar em uma invenção de sucesso?
A ousadia de pessoas visionárias possibilitou encontros de culturas, aprendizados e descobertas que trouxeram formas diferenciadas de viver. Entretanto, de lá para cá, a posse da tecnologia foi usada como estratégia para a sedução, o domínio e a destruição de culturas e de formas de vida. Refletir sobre essa suposta objetividade da vida prática, do lucro e do desenvolvimento da Humanidade, é também questionar “a crença de que somos uma humanidade” separada deste organismo vivo chamado Terra, como bem problematizou o ativista indígena Ailton Krenak.
O espetáculo Inventores de Borboletras conta a história de Três inventores que viajam no tempo, de sua época para nosso tempo. Com canções autorais, dança, movimento, poesia e dinâmicas de interação com a plateia, o projeto busca valorizar a subjetividade e expressão de sentimentos oprimidos pela racionalidade excessiva e pelo mundo superficial da tecnologia.